Teste de Conhecimento sobre Boas Práticas de Programação
Se você já se pegou admirando o código de algum colega e se perguntando como ele consegue ser tão limpo e eficiente, está na hora de descobrir Programação na prática. Neste guia vamos reunir as dicas de programação que transformam um script comum em uma obra‑prima de manutenção.
O que faz um código ser "profissional"?
Um código profissional não nasce da magia; ele resulta de escolhas conscientes em cada linha. Código limpo significa que qualquer pessoa - inclusive você daqui a seis meses - consegue ler, entender e modificar a solução sem dor de cabeça.
Os pilares são legibilidade, modularidade e testabilidade. Quando esses três estão alinhados, a produção acelera, os bugs diminuem e o time ganha confiança para iterar rápido.
Boas práticas fundamentais
- Nomes claros: evite abreviações obscuras. userList fala mais que ul.
- Funções pequenas: cada função deve fazer uma coisa e fazer bem. Se precisar de mais de 30 linhas, provavelmente está na hora de dividir.
- Tratamento de erros consistente: use try/catch ou estruturas equivalentes e registre o contexto do erro. Isso economiza horas de depuração.
- Comentários úteis: descreva "por quê" e não "o quê". O código já mostra o que está acontecendo.
- Padronização de estilo: adote um linter e um formatador automático (por exemplo, Prettier ou ESLint). O visual uniforme evita debates desnecessários.
Ferramentas que aumentam a produtividade
Não basta ter boas intenções; a ferramenta certa transforma essas intenções em resultados tangíveis.
- IDE robusta (VS Code, IntelliJ, PyCharm) - completam código, sugerem refatorações e integram o debugger.
- Linters - ajudam a detectar problemas antes mesmo de compilar. Eles são a primeira linha de defesa contra "code smell".
- Git - controle de versão é obrigatório. Branches curtas, commits atomizados e mensagens padronizadas facilitam o code review.
- Testes automatizados - Testes automatizados garantem que alterações não quebrem funcionalidades existentes.
- Ferramentas de CI/CD - pipelines que executam lint, testes e deploy reduzem o ciclo de entrega.
Estratégias de refatoração e testes
Refatorar sem medo requer confiança de que o comportamento continuará igual. É aqui que os testes entram.
- Escreva um teste que capture o comportamento atual.
- Execute o teste - ele deve passar.
- Faça a refatoração (ex.: extrair método, simplificar condicionais).
- Rerun o teste - se ainda passar, a mudança foi segura.
Além disso, reserve tempo semanal para Refatoração de áreas críticas. Pequenos ajustes acumulam grandes ganhos de performance e legibilidade.
Padrões de design que todo pro conhece
Os padrões não são regras rígidas, mas soluções comprovadas para problemas recorrentes.
- Singleton - garante uma única instância de um recurso (ex.: conexão ao banco).
- Factory - cria objetos sem expor a lógica de instância ao cliente.
- Strategy - permite trocar algoritmos em tempo de execução, útil para cálculos que variam por contexto.
- Observer - facilita comunicação entre componentes desacoplados, perfeito para sistemas baseados em eventos.
Dominar esses padrões ajuda a estruturar código de forma previsível, o que acelera o onboarding de novos membros.
Comparativo rápido: Boa prática vs Má prática
| Aspecto | Boa prática | Má prática |
|---|---|---|
| Nome de variáveis | Descritivo e em inglês (userCount) | Abreviações ou linguagem local (uc) |
| Funções | Menos de 30 linhas, responsabilidade única | Funções gigantes que fazem tudo |
| Tratamento de erros | Try/catch com log contextual | Ignorar exceções ou usar catch genérico |
| Versionamento | Commits pequenos, mensagens claras | Commits monolíticos sem descrição |
Checklist rápido para codar como um pro
- Variáveis e funções têm nomes claros.
- O código está formatado por um linter padrão.
- Existe cobertura mínima de testes (70%+).
- Os commits são atômicos e bem descritos.
- Funções não excedem 30 linhas.
- As dependências estão declaradas e versionadas.
- Os padrões de design adequados foram aplicados.
- O código roda sem warnings no CI.
Qual a melhor forma de escolher nomes de variáveis?
Prefira termos em inglês que descrevam o que a variável representa. Evite abreviações que só fazem sentido para você. Por exemplo, totalPrice ao invés de tp.
Como integrar lint e formatação automática ao meu projeto?
Instale pacotes como ESLint e Prettier, configure regras no arquivo .eslintrc, e adicione um script npm run lint. Integre ao Git hook pre-commit usando husky para que o lint rode a cada commit.
Quando devo escrever testes unitários?
Sempre que criar uma função que contém lógica não trivial. Também antes de corrigir bugs críticos - escreva um teste que reproduza o erro, corrija e garanta que o teste passe.
Qual a frequência ideal para refatorar?
Reserve 10‑15% do tempo de sprint para refatoração. Se uma parte do código tem complexidade ciclomática acima de 10, considere refatorar imediatamente.
Git Flow ou trunk‑based? Qual devo usar?
Para equipes pequenas ou entregas contínuas, o modelo trunk‑based costuma ser mais ágil. Em projetos maiores que exigem releases cadenciados, o Git Flow oferece mais controle.