Do quadro preto ao interactivo

Julho 2nd, 2007

No passado dia 1 de Julho de 2007, a Revista do Diário de Notícias publicou um artigo sobre o projecto “Quadros Interactivos Multimédia na RAM”. Disponibilizamos o texto intregral escrito por Teresa Florença.
                                       
O
ambiente das salas de aulas mudou. O quadro preto, que em outras épocas assumia uma importância fundamental na aprendizagem, perde terreno para as novas tecnologias 
 
A Carla, o Arlindo, o João, a Magui, o Hugo… são alunos do 6º ano da Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol, onde decorre uma experiência com quadros interactivos.
A Revista foi assistir a uma aula de História e Geografia de Portugal. Ao lado do quadro preto está instalado o quadro interactivo, como um ecrã gigante, ligado a um computador. Quando se pergunta à turma qual deles poderíamos retirar da sala a resposta é clara: “o quadro preto”…
As vantagens do quadro interactivo enumeradas pelos alunos são muitas. “Podemos arrastar etiquetas, é menos cansativo e mais divertido”, diz o Arlindo. “O professor consegue trazer a aula de casa e podemos fazer mais tarefas”, acrescenta o Hugo, entre outras observações positivas dos colegas.
A realidade contrasta com outras épocas. Gerações atrás de gerações aprenderam a escrever e a contar tendo pela frente o quadro preto de ardósia. Na sala de aula, assumia tanta ou mais importância que os retratos de Salazar e Américo Thomaz pendurados nas outras paredes. Só o crucifixo incutia maior respeito.
A hora do ditado e das contas transformava-se, por vezes, num momento quase solene quando os erros se sucediam e a tabuada tinha que se dita de cor e salteada. O intervalo ficava comprometido…
A espontaneidade nessa época era controlada. Raras vezes alguém se ‘oferecia’ para ir ao quadro e quando isso acontecia era o alívio total. A situação era bem diferente durante as eventuais ausências do professor. De repente surgia a oportunidade para riscá-lo, desenhá-lo, gastar o giz à vontade, quase como vingança. Não eram nem números, nem palavras difíceis intermináveis, mas a liberdade… à socapa, havia sempre alguém que metia um pedaço de giz no bolso que tinha grande utilidade no recreio. Quem se atrevia a tamanha aventura conquistava alguma admiração por parte dos colegas.
Entre esses velhos materiais escolares têm também lugar de destaque as pequenas ardósias individuais, onde as letras e os algarismos eram desenhados a lápis de pedra - e se apagavam com um pano humedecido, assim como os cadernos de duas linhas que metiam na ordem as péssimas caligrafias. Existiam também os mapas com as linhas férreas, os distritos, as serras e os rios, que a memória guardava a custa de repetição diária em jeito de cantilena.
Em ocasiões especiais, em tempo de prova, com a folha branca de 25 linhas, vincada do lado esquerdo, a pena molhada na tinta assumia uma importância extrema. Até as carteiras de tampo inclinado pareciam feitas de propósito para aumentar o que hoje se denomina de ’stress’, não fosse a tinta cair e estragar tudo.
Depois, com o tempo, a caneta permanente ficou em primeiro plano. Veio salvar o caderno e a bata dos borrões quase certos. Os tinteiros encaixados nas carteiras deixaram de ter uso. E tudo perdeu o sentido.
Aos poucos, os velhos quadros também foram perdendo importância, embora não a utilidade. Surgiram quadros verdes que nunca suplantaram os pretos em qualidade.
Hoje, quer uns quer outros continuam a existir e a serem usados diariamente em muitas escolas, mas os tempos, os recursos, as condições, as exigências pedagógicas são outras e as novas tecnologias invadem aos poucos a sala de aula.
Agora é a vez dos quadros interactivos ligados ao computador, que mais parecem brinquedos e que motivam não só alunos, mas também professores. O utilizador controla o computador ao tocar no quadro. Para além de poder ser usado como uma ardósia, possibilita a utilização de uma variedade de conteúdos multimédia.
O giz é substituído pelas canetas electrónicas de cor azul, vermelha, verde e preta. Podemos anotar, escrever, sublinhar, desenhar. É possível a digitalização de documentos, nomeadamente do próprio manual da disciplina e minimizar assim os esquecimentos do livro em casa.
Com as novas tecnologias, professores e alunos podem aceder a uma enciclopédia, ter acesso a inúmeras ferramentas e serviços disponibilizados pela net, ouvir uma emissão de rádio, visualizar um documentário através da televisão.
O computador portátil permite fazer apresentações em ‘PowerPoint’, navegar na sala de aula, ir ao Museu do Louvre e, em escassos segundo, ver a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. O CD ou a ‘pen’ armazenam saber, pois as disquetes também já foram ultrapassadas. A interacção com os alunos é também outra. Os e-mails permitem a uns e outros comunicar, trocar trabalhos e opiniões.
O contexto da sala de aula mudou. Para trás ficaram outros materiais como os ’slides’, que existiam em algumas escolas, e para lá caminham os retroprojectores e as transparências. O audiovisual ganhou espaço e possibilitou outras abordagens, estratégias e aprendizagens. Exigem também novos desafios quer a alunos quer a professores.
Margarida Relva, professora da Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol, responsável pela aula a que a Revista assistiu, afirma que “o quadro interactivo permite fazer tudo o que se faz no quadro preto e muito mais, porque é infinito. Podemos fazer as páginas que quisermos e ir guardando, enquanto no quadro preto temos que apagar. Tem todas as potencialidades que o multimédia permite”.
Quanto à resposta dos alunos, “têm reagido de maneira muito positiva. Permite que estejam mais concentrados e o ritmo de trabalho aumenta. Têm a sensação que escrevem menos, mas às vezes escrevem mais, em muito menos tempo, pois é mais rápido”.
A Escola Básica e Secundária da Ponta de Sol é a um dos cinco estabelecimentos escolares que estão envolvidos no projecto da Secretaria Regional da Educação relativo a quadros interactivos A escola possui duas salas com quadros deste tipo. O projecto começou em 2007 e envolve 12 professores. Conforme explica Margarida Relva, a experiência piloto implicou a formação de professores.
“Estamos a trabalhar com o quadro interactivo desde Fevereiro. Neste momento já organizamos formação para outros colegas e já há outros a aderir à sua utilização. Os dois quadros que existem já são poucos para as necessidades que a escola tem”, afirma. O ambiente das salas de aulas mudou. O quadro preto, que em outras épocas assumia uma importância fundamental na aprendizagem, perde terreno para as novas tecnologias  A Carla, o Arlindo, o João, a Magui, o Hugo… são alunos do 6º ano da Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol, onde decorre uma experiência com quadros interactivos.A Revista foi assistir a uma aula de História e Geografia de Portugal. Ao lado do quadro preto está instalado o quadro interactivo, como um ecrã gigante, ligado a um computador. Quando se pergunta à turma qual deles poderíamos retirar da sala a resposta é clara: “o quadro preto”…As vantagens do quadro interactivo enumeradas pelos alunos são muitas. “Podemos arrastar etiquetas, é menos cansativo e mais divertido”, diz o Arlindo. “O professor consegue trazer a aula de casa e podemos fazer mais tarefas”, acrescenta o Hugo, entre outras observações positivas dos colegas.A realidade contrasta com outras épocas. Gerações atrás de gerações aprenderam a escrever e a contar tendo pela frente o quadro preto de ardósia. Na sala de aula, assumia tanta ou mais importância que os retratos de Salazar e Américo Thomaz pendurados nas outras paredes. Só o crucifixo incutia maior respeito.A hora do ditado e das contas transformava-se, por vezes, num momento quase solene quando os erros se sucediam e a tabuada tinha que se dita de cor e salteada. O intervalo ficava comprometido…A espontaneidade nessa época era controlada. Raras vezes alguém se ‘oferecia’ para ir ao quadro e quando isso acontecia era o alívio total. A situação era bem diferente durante as eventuais ausências do professor. De repente surgia a oportunidade para riscá-lo, desenhá-lo, gastar o giz à vontade, quase como vingança. Não eram nem números, nem palavras difíceis intermináveis, mas a liberdade… à socapa, havia sempre alguém que metia um pedaço de giz no bolso que tinha grande utilidade no recreio. Quem se atrevia a tamanha aventura conquistava alguma admiração por parte dos colegas.Entre esses velhos materiais escolares têm também lugar de destaque as pequenas ardósias individuais, onde as letras e os algarismos eram desenhados a lápis de pedra - e se apagavam com um pano humedecido, assim como os cadernos de duas linhas que metiam na ordem as péssimas caligrafias. Existiam também os mapas com as linhas férreas, os distritos, as serras e os rios, que a memória guardava a custa de repetição diária em jeito de cantilena.Em ocasiões especiais, em tempo de prova, com a folha branca de 25 linhas, vincada do lado esquerdo, a pena molhada na tinta assumia uma importância extrema. Até as carteiras de tampo inclinado pareciam feitas de propósito para aumentar o que hoje se denomina de ’stress’, não fosse a tinta cair e estragar tudo.Depois, com o tempo, a caneta permanente ficou em primeiro plano. Veio salvar o caderno e a bata dos borrões quase certos. Os tinteiros encaixados nas carteiras deixaram de ter uso. E tudo perdeu o sentido.Aos poucos, os velhos quadros também foram perdendo importância, embora não a utilidade. Surgiram quadros verdes que nunca suplantaram os pretos em qualidade.Hoje, quer uns quer outros continuam a existir e a serem usados diariamente em muitas escolas, mas os tempos, os recursos, as condições, as exigências pedagógicas são outras e as novas tecnologias invadem aos poucos a sala de aula.Agora é a vez dos quadros interactivos ligados ao computador, que mais parecem brinquedos e que motivam não só alunos, mas também professores. O utilizador controla o computador ao tocar no quadro. Para além de poder ser usado como uma ardósia, possibilita a utilização de uma variedade de conteúdos multimédia.O giz é substituído pelas canetas electrónicas de cor azul, vermelha, verde e preta. Podemos anotar, escrever, sublinhar, desenhar. É possível a digitalização de documentos, nomeadamente do próprio manual da disciplina e minimizar assim os esquecimentos do livro em casa.Com as novas tecnologias, professores e alunos podem aceder a uma enciclopédia, ter acesso a inúmeras ferramentas e serviços disponibilizados pela net, ouvir uma emissão de rádio, visualizar um documentário através da televisão.O computador portátil permite fazer apresentações em ‘PowerPoint’, navegar na sala de aula, ir ao Museu do Louvre e, em escassos segundo, ver a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. O CD ou a ‘pen’ armazenam saber, pois as disquetes também já foram ultrapassadas. A interacção com os alunos é também outra. Os e-mails permitem a uns e outros comunicar, trocar trabalhos e opiniões.O contexto da sala de aula mudou. Para trás ficaram outros materiais como os ’slides’, que existiam em algumas escolas, e para lá caminham os retroprojectores e as transparências. O audiovisual ganhou espaço e possibilitou outras abordagens, estratégias e aprendizagens. Exigem também novos desafios quer a alunos quer a professores.Margarida Relva, professora da Escola Básica e Secundária da Ponta do Sol, responsável pela aula a que a Revista assistiu, afirma que “o quadro interactivo permite fazer tudo o que se faz no quadro preto e muito mais, porque é infinito. Podemos fazer as páginas que quisermos e ir guardando, enquanto no quadro preto temos que apagar. Tem todas as potencialidades que o multimédia permite”.Quanto à resposta dos alunos, “têm reagido de maneira muito positiva. Permite que estejam mais concentrados e o ritmo de trabalho aumenta. Têm a sensação que escrevem menos, mas às vezes escrevem mais, em muito menos tempo, pois é mais rápido”.A Escola Básica e Secundária da Ponta de Sol é a um dos cinco estabelecimentos escolares que estão envolvidos no projecto da Secretaria Regional da Educação relativo a quadros interactivos A escola possui duas salas com quadros deste tipo. O projecto começou em 2007 e envolve 12 professores. Conforme explica Margarida Relva, a experiência piloto implicou a formação de professores.”Estamos a trabalhar com o quadro interactivo desde Fevereiro. Neste momento já organizamos formação para outros colegas e já há outros a aderir à sua utilização. Os dois quadros que existem já são poucos para as necessidades que a escola tem”, afirma.
Era assim há 54 anos…
Há 54 anos o ambiente e os materiais pedagógicos utilizados nas salas de aulas eram muito diferentes de hoje. A começar pelo número de alunos, os programas, as exigências. Fernanda Carvalho, aposentada, foi 32 anos professora do Ensino Primário e recorda essa experiência.
Iniciou a sua actividade docente em 1953, na Escola do Rochão, na Camacha, num tempo em as viagens das ‘camionetas’ para a freguesia eram esporádicas e não permitiam fazer o percurso todos os dias. A solução foi permanecer ali, de segunda à sexta-feira, e regressar ao Funchal no fim de semana.
Recorda a sua escola, que ficava no andar por cima de uma mercearia e a turma feminina com alunas de duas classes: 20 de 2ª e 20 de 4ª. “A sorte é que, como ficava lá durante a semana, as alunas da 4ª classe, que tinham exame, batiam à porta de manhã e eu começava a dar aulas. Depois iam almoçar e regressavam”.
O quadro assumia um papel importante, diz Fernanda Carvalho a propósito dos materiais pedagógicos que existiam na sala de aula. “Era uma grande ajuda. Tudo o que queríamos transmitir passava pelo quadro. Era um livro de aprendizagem para as crianças. Muitas não tinham possibilidade de comprar livros, nem mapas…Passávamos tudo no quadro e elas copiavam”. Os alunos utilizavam-no também com frequência para fazer contas e emendar os erros. Num tempo em que as dificuldades económicas eram muitas, os materiais utilizados pelas crianças eram também poucos. Recorda que no princípio utilizavam a ardósia, mas porque partiam com facilidade os pais preferiam os cadernos, que eram de duas linhas. “A tinta era dada pela escola, pois se assim não fosse os alunos escreviam a lápis”, relembra.
Tudo era escasso, até o giz. “Uma caixa tinha de dar para muito tempo e havia sempre algum aluno que escondia um pedacinho para o recreio para desenhar as ‘macacas’ e os ‘aviões’…”. Para apoio às aulas as escolas dispunham em geral de mapas e da caixa métrica com as medidas de capacidade e de peso.
Eram outros tempos em que os rios de Portugal e das colónias eram ditos em voz alta até saber de cor, assim como as preposições, as linhas férreas, as batalhas. ” Era tudo decorado. Hoje as crianças levam os computadores. Na altura, nem sonhávamos com isso”, compara Fernanda Carvalho.
Actualmente - diz - “já não se obriga àquele ‘cantado’ da tabuada. Tinham que sabê-la de cor pois era imprescindível para as contas de dividir com muitos algarismos”. De tudo o mais complicado eram os problemas que envolviam torneiras, tanques, água e tempo… “Custava a entrar na cabeça das crianças…”, diz a sorrir.
As exigências apontavam nesse sentido. Os alunos tinham que prestar provas, fazer exame noutra escola, no caso concreto, em Santa Cruz. “Saíam da quarta classe e sabiam escrever. Hoje o Português está muito mal”, acrescenta.
Exerceu em vários estabelecimentos escolares do meio rural e urbano e acompanhou as mudanças. Fazendo um paralelo entre o que era e a actualidade, vê muitas vantagens. Considera que hoje o ensino “puxa” pelo aluno. “Exige maior compreensão por parte da criança”, conclui Fernanda Carvalho.
Duas experiências piloto
A tecnologias invadem as salas de aula. Nas escolas da Região decorrem duas experiências piloto: os quadros interactivos e a tecnologia de imagem denominada P3D, ou seja software de 3D para o ensino das Ciências.
O projecto dos quadros interactivos está a decorrer em cinco escolas: na EB 23 Bartolomeu Perestrelo, EB123 Santo António, EBS Ponta do Sol, no Colégio do Marítimo e no Colégio de Santa Teresinha.
“O P3D foi já apresentado em duas escolas e será implementado brevemente”, primeiro junto dos professores e depois dos alunos, diz Rafael Santos, director de Serviços de Tecnologias Educativas.
A propósito da introdução das tecnologias nas salas de aula, explica que todas as escolas possuem computadores e ligação internet e que a maioria dos estabelecimentos de 1º Ciclo têm salas de informática equipadas com computadores, impressora, ’scanner’ e máquina fotográfica. Utilizam também leitores/gravadores de áudio e vídeo e contam com apoio de equipamentos audiovisuais cedidos temporariamente pelo Centro Multimédia, da Direcção de Serviços de Tecnologias Educativas (DSTE).
As escolas de 2º e 3º ciclos, para além das salas de informática, “têm pelo menos um laboratório móvel. 54 laboratórios foram adquiridos recentemente pelas escolas, num processo organizado pela Direcção Regional de Planeamento e Recursos Educativos. Para além de computadores, é cada vez maior o número de projectores multimédia em cada estabelecimento, além de outros equipamentos periféricos, como digitalizadores, impressoras de grande formato, câmaras web e discos rígidos externos”, acrescenta.
A sua aquisição - diz - “depende muito da estratégia seguida por cada escola. Estes investimentos decorrem, com maior frequência, nos estabelecimentos onde as TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação) são já consideradas importantes para os alunos e onde a sua utilização faz parte das estratégias globais, bem como das actividades diárias das aulas”.
Quanto à reacção dos alunos às novas tecnologias, afirma que “são os mais entusiastas”. Estão “imersos” em ambientes tecnológicos e são naturalmente “digitais”. Relativamente à adesão dos docentes, diz que a maioria teve, ao contrário de alunos, de “migrar” para os ambientes mais tecnológicos, a que não foram expostos quando crianças. “Isto tem necessariamente um custo de adaptação, que é tanto maior quanto maior for a sua resistência à mudança.” Rafael Santos considera que as competências dos professores em TIC’s têm sido ampliadas pela oferta formativa, organizada entre pares e em cada escola e nomeadamente pela Direcção Regional de Educação (DRE).
“A maioria dos professores está consciente da necessidade de adoptar e integrar as TIC no seu dia a dia, mas ainda há muitos que apenas as utilizam particularmente e não as associam ao trabalho a desenvolver na sala de aula. Muitas vezes utilizam para sua fruição, ou na preparação dos materiais pedagógicos, mas não as associam a uma forma de trabalhar e assim perdem a oportunidade de as usar em prol do sucesso educativo dos seus alunos”, acrescenta.
A par da situação assiste-se também a “uma motivação diferente e uma nova atitude dos professores, sobretudo os mais jovens, que está a dar frutos, pelo tipo de produtos e projectos que desenvolvem nas suas escolas e pelo envolvimento de colegas em acções de aplicação das TIC”.
Por outro lado, diz que a DSTE apoia e orienta os professores no desenvolvimento de competências ao nível técnico e pedagógico na utilização das TIC, em relação a todos os níveis de ensino. “Toda a sua actividade está concentrada sobre um chapéu denominado educ@tic - educar com as tic”.
Foi criado “um Centro de Inovação, que funciona como centro de competências neste domínio, com destaque para a formação, monitorização, coordenação e pilotagem de projectos”. Um centro multimédia apoia também as escolas no desenvolvimento de conteúdos digitais e realização de eventos (som e imagem).
A DRE tem recorrido ao Fundo Social Europeu para suportar a maior parte das acções de formação acreditadas e a projectos europeus, como o Interreg III B MAC, para iniciativas ao nível do audiovisual e multimédia.
Mesmo assim, Rafael Santos afirma que, ao nível das TIC na Educação, “há muito a fazer, desde a aplicação de fundos para projectos piloto que possam explorar o potencial de tecnologias emergentes, à actualização de ferramentas e equipamentos que estão no final da sua vida útil”.
Na sua perspectiva, as tecnologias evoluem rapidamente “e se não devemos embarcar numa espiral de custos só para ter os melhores equipamentos, também é verdade que se não actualizarmos os existentes e investirmos em tecnologias de futuro, não poderemos estar a par de outras regiões, onde a estratégia de investimento neste campo é contínua”, conclui.
 
Teresa Florença
 

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